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Veja como funcionava esquema milionário que envolvia PMs e PCs em AL

 

Uma das pessoas presas na Operação Oplatek, deflagrada nesta terça-feira (25), é uma agente da Polícia Civil (PC) que trabalhava no setor financeiro da Delegacia Geral. Além dela, seu marido e seu irmão, que são sargentos da Polícia Militar (PM), uma irmã – que é estagiária do Ministério Público do Estado (MPAL) – e outras três pessoas da sua família foram presas.

O delegado Igor Diego, diretor da DRACCO, explica como o esquema funcionava. Ele relata que a servidora trabalha na Delegacia Geral da Polícia Civil e, desde 2014, cometia a fraude contra a administração pública. Ela era responsável pelo setor financeiro da instituição e desviava verba de alimentos para nove familiares.

“Ela fazia a inserção de dados no sistema da Polícia Civil e cadastrava pessoas da família para receber a verba em um valor acima do que é repassado normalmente para os policiais”, disse Diego.

Estavam no cadastro para receber a verba o marido da agente, três irmãos, a avó de 85 anos, a mãe, além de um tio, uma tia e o irmão do marido. Em cinco meses, a polícia descobriu um desvio de cerca de R$ 1 milhão. Em 10 anos, o prejuízo aos cofres públicos com o esquema foi de R$ 7,5 milhões.

Uma comissão de delegados investigou a fraude. O delegado João Marcello informa que foi descoberta uma grande movimentação financeira, principalmente para contas da agente e do marido dela. “Os parentes recebiam os valores e eles retornavam para a conta do casal. Ela iniciou essa atitude ilícita há cerca de 10 anos e vinha aumentando o fluxo de dinheiro desviado ao longo do tempo”, relata.

Alto padrão de vida

O delegado Sidney Tenório explicou que, durante investigação, foi descoberto que a família da policial vive em um alto padrão, com imóveis, veículos de luxo e joias. “A gente percebe que, ao longo do tempo, foram adquiridos vários carros de luxo. Apartamentos na área nobre de Maceió, como o dela, além de terrenos na Barra de São Miguel e São Miguel dos Milagres”.

Operação

Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Maceió e Colônia Leopoldina. Nos locais, foram apreendidos sete carros – sendo três de luxo -, joias, escrituras de imóveis, celulares, notebooks, relógios, ipads e maquinetas.

Também foram bloqueadas as contas de todos os envolvidos e sequestro de bens identificados até o momento.

Tudo com a intenção de recompor o prejuízo ao erário.

A polícia informou que os presos devem responder por organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema de informação. As penas, juntas, ultrapassam 44 anos de prisão.

 

 

*Com informações GazetaWeb

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