SUPOSTAMENTE ENVENENADAS: material coletado após exumação de crianças será enviado a laboratório

 

Os materiais orgânicos e inorgânicos dos corpos das duas crianças que morreram em 2016 e 2021, supostamente envenenadas pela própria mãe, serão agora encaminhados ao Laboratório de Toxicologia Forense do Instituto de Criminalística de Maceió para exames que possam esclarecer o caso.

A exumação dos corpos foi uma solicitação do delegado Arthur César, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Peritos estiveram no local, nessa terça-feira (7), para retirada dos restos mortais de duas crianças de um e três anos, para que seja realizada uma perícia criminal minuciosa.

“Essas amostras serão utilizadas para pesquisa de venenos e materiais tóxicos com a finalidade de buscar indícios que possam colaborar com o inquérito policial”, explicou o perito Eduardo Yukishigue Nisiyama, médico legista responsável pela exumação e chefe do setor de perícias em mortos do IML de Maceió.

Thalmanny Goulart, perito criminal chefe do Laboratório Forense, explicou que, em casos como esse, é utilizada a técnica de análise de tecidos, através da espectrometria de massas. Mas o sucesso desse tipo de exame depende de vários fatores do eventual material coletado, como estado de decomposição (tempo e degradação), não só do tecido, mas também das substâncias que eventualmente possam estar contidas nele.

“Mais um motivo que reforça a importância da imediata coleta após o fato em que se quer esclarecer eventual morte sem causa definida. Então, a toxicologia tem que ser rápida para ser efetiva. Quando ela demora, a efetividade desse exame cai substancialmente e as chances para identificação pelo decorrer do tempo nesse caso diminuem”, explicou o perito.

Além da morte dos filhos, a mulher, que continua presa, é investigada também por tentar matar a própria mãe envenenada em 2023. A vítima sobreviveu, mas encontra-se em estado vegetativo.

*Com assessoria

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