NEGADO!
Justiça nega pedido de liberdade de acusado de envenenar professora
Foi negado o pedido de liberdade ao acusado de assassinar por envenenamento a esposa, Joyce dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, no início desde mês, na cidade de São Brás.
Após o início das investigações e o acusado ser apontando como o suposto autor do crime, o magistrado da Vara do Único Ofício de Porto Real do Colégio decretou a prisão temporária sob a justificativa de que a medida se faz necessária nesta fase do inquérito policial que apura o possível feminicídio de Joyce dos Santos.
No entanto, após a decretação da prisão, a defesa do acusado ingressou com um Habeas Corpus, com pedido de liminar, no Tribunal de Justiça, argumentando que não há indícios concretos de que o acusado tenha alterado a cena do crime ou tenha intimidado testemunhas. Além disso, os advogados ressaltam que o clamor social não justifica a prisão do acusado.
Diante do pedido, o desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly passou a analisar os argumentos da defesa para a possível soltura do acusado e citou no processo depoimentos de três testemunhas.
Segundo a prima da vítima, contou que o acusado levava lanches para casa desde Julho deste ano e que oferecia a comida a Joyce dos Santos. Algumas vezes, a vítima relatou que passou mal. Em um destes dias, Joyce fotografou um açaí, dado pelo marido, e era nítida algumas bolinhas cinzas, parecidas com raticida. Na ocasião, ela chegou ainda a enviar áudio alegando que se morresse após o consumo do açaí seria culpa do marido.
No relato, a mulher segue dizendo que no dia do crime, o filho do casal, ainda sem saber da morte da mãe, teria se queixado de dor no estômago e confessou que comeu pelo menos cinco coxinhas levadas pelo pai para a mãe. O garoto foi socorrido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade para atendimento médico.
As outras testemunhas também relataram que a vítima passou mal após consumir as coxinhas oferecidas pelo marido e que, após a vítima ser levada ao hospital, o acusado passou a entrar e sair da casa como se nada tivesse acontecido. No hospital, os médicos, segundo o depoimento da mãe da vítima, suspeitaram de que a morte foi causada por envenenamento uma vez que a vítima chegou à unidade hospitalar espumando pela boca e sangrando pelas partes íntimas.
Para o desembargador, os trechos dos depoimentos demonstram uma possível manipulação da cena do crime e a hipótese justifica a prisão temporária para garantir as investigações policiais. Com isso, o pedido da defesa foi indeferido e o acusado foi mantido preso.