Laudo aponta que jovem que morreu em perseguição policial não foi atingida por disparo
A jovem Alícia Ferreira dos Santos, de 25 anos, que morreu após colisão acidental durante uma perseguição policial no último sábado (20), em Arapiraca, não foi atingida por bala perdida, como informado anteriormente. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), não houve perfuração provocada por projétil e a causa da morte teria sido o acidente de trânsito.
Testemunhas relataram que a informação de possível perfuração à bala teria sido dada por alguém da equipe de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que socorreu à jovem.
“O impacto foi muito forte e o corpo ficou destruído após a colisão. Uma das pernas estava dilacerada e provavelmente o que acharam ser perfuração à bala, na verdade eram rasgões provocados pelo próprio acidente”, disse uma testemunha, que preferiu ter a identidade preservada.
A informação foi confirmada pela Polícia Científica, que encaminhou nota de esclarecimento à imprensa. Confira:
A chefia especial do Instituto Médico Legal de Arapiraca informa que o exame de necropsia realizado no corpo da artesã Alicia Ferreira dos Santos, de 26 anos, apontou como causa da morte um traumatismo toracoabdominal, em decorrência de uma ação por instrumento contundente em um acidente de trânsito.
O acidente aconteceu no último sábado (20), no bairro Ouro Preto e teve início com uma perseguição policial iniciada no Conjunto Residencial Frei Damião, no bairro Canafístula.
De acordo com informações do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), um criminoso estava fugindo da guarnição em uma motocicleta quando acabou atingindo Alícia, que conduzia uma Honda Pop 100 pela Rua Estudante José de Oliveira Leite.
A vítima ficou bastante machucada. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.