INFLUENCER!
Influenciador Kel Ferreti completa um mês de prisão; defesa aguarda nova análise de Habeas Corpus.
O influenciador digital e ex-policial militar Kel Ferreti está há um mês na prisão, após ser preso durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF), do Ministério Público de Alagoas.
Ferreti é acusado de liderar uma organização criminosa envolvida com jogos de azar online e lavagem de dinheiro.
Agora a defesa aguarda o julgamento do mérito de um novo Habeas Corpus (HC).
De acordo com a investigação, Ferreti teria ostentado uma vida de luxo nas redes sociais, induzindo seus milhões de seguidores a participarem de jogos de apostas, com promessas de ganhos rápidos e fáceis.
A denúncia aponta ainda que o esquema criminoso utilizava “laranjas” para ocultar bens, incluindo veículos de luxo registrados em nome de terceiros, mas exibidos como se fossem dos investigados.
A defesa do influenciador aguarda o julgamento do mérito do Habeas Corpus (HC), agendado para o final deste mês no Tribunal de Justiça de Alagoas. Além disso, está sendo analisado um novo pedido de soltura no juízo de origem.
A defesa alega que os crimes investigados são de natureza financeira, sem envolvimento de violência física, e defende que a prisão preventiva não é necessária, já que Ferreti é primário, colaborou com as investigações, e possui residência fixa.
“Os crimes investigados são eminentemente financeiros, sem qualquer violência ou grave ameaça envolvida, ao passo em que já foram decretadas medidas de bloqueio de contas, redes sociais e valores, bem como apreensão de diversos bens, e não foram concluídas as investigações, o que denota a desnecessidade da prisão preventiva para resguardar a ordem pública ou a aplicação da lei penal, especialmente diante do fato de que o empreendedor digital é primário, pai de família, colaborou com a investigação, tem residência fixa na cidade de Maceió, e sempre divulgou os jogos respeitando a lei federal 14.790/2023, os princípios do Conar e a regulamentação do Ministério da Fazenda”, afirma o advogado Rodrigo Monteiro.
Além da prisão por suspeita de lavagem de dinheiro, Ferreti também enfrenta a acusação de estupro. A vítima, uma enfermeira de 28 anos, relatou que foi abusada sexualmente por Ferreti em uma pousada no bairro de Cruz das Almas, em Maceió, no dia 16 de junho do ano passado. Ela declarou que temeu pela sua vida durante o ataque.
A prisão preventiva de Ferreti foi decretada tanto pelos crimes de lavagem de dinheiro quanto pelo caso de estupro. A Justiça entendeu que a medida é necessária para garantir a ordem pública, a segurança da aplicação da lei e a conveniência da instrução criminal.