Escola promove gincana de leitura para aprimorar aprendizado dos alunos da rede municipal
Atividades estimulam o hábito pela leitura com abordagem na música, poesia, anúncios, tirinhas e charges
A leitura amplia o conhecimento, estimula a aprendizagem, melhora o vocabulário e aprimora a escrita. Com esse intuito, a Escola Municipal Arnon de Melo, localizada no Jacintinho, vem promovendo desde 9 de agosto a Gincana de leitura. As oficinas, que reúnem alunos dos 6º ao 9º ano, terão duração de três meses. A gincana iniciou de forma virtual, por meio do Google Meet, mas, com o retorno das aulas híbridas, parte dos trabalhos poderá ser presencial.
Como parte da gincana, os alunos têm como atividades e desafios, trabalhos como a elaboração de poemas, tirinhas, bilhetes, charges e textos produzidos por eles mesmos em cima de cada tema proposto. Os temas são trabalhados abordando assuntos contemporâneos que buscam contextualizar o que está sendo desenvolvido na sala de aula com pautas de meio ambiente, saúde, multiculturalismo e educação financeira.
De acordo com a coordenadora, Somaya Albuquerque, a gincana de leitura se dá pela preocupação com a baixa frequência de leitura dos alunos durante esse período de pandemia, causando uma dificuldade na interpretação das atividades, em especial as textuais. Ela explica que a proposta é ampliar o conhecimento em diversos gêneros, trabalhando com música, poesia, anúncios, tirinhas e charges.
“Em virtude do distanciamento social, o hábito pela leitura diminuiu, o que ocasionou uma dificuldade entre os alunos durante as aulas online. Sempre que enviávamos atividades de texto pelo WhatsApp, os alunos acabavam tendo muitas dúvidas na hora de interpretar as questões”, disse Somaya.
A batalha pelo incentivo à leitura envolveu os educadores de todas as disciplinas. A convite da escola, o maestro da Orquestra Filarmônica de Alagoas, Luís Martins, e o poeta e escritor Cristiano Kriko, se apresentaram para os alunos abordando a importância da leitura e escrita dentro de seus nichos.
O maestro fez sua apresentação com piano e, em seguida, conversou um pouco sobre a educação musical, fazendo com que os alunos pudessem apreciar a música e refletirem ao mesmo tempo sobre os ruídos, barulho de portas e outros tipos de sons.
O poeta e escritor Cristiano Kriko, explicou acerca da construção de versos, rimas, e estrofes, apresentando suas composições. Ele fez cada aluno participar com citação de poemas que abrangiam diversos temas, entre eles, os sentimentos causados pelo distanciamento social da quarentena para trabalhar sua a oralidade.
Responsável pelo meio ambiente, a professora de Ciências, Amanda Lys, desenvolveu atividades sobre as condições ambientais atuais por meio de tirinhas, charges e cartoon. “Através desses gêneros textuais, apresentei e questionei o que eles entendiam sobre aquelas imagens. Com a atividade, busquei trazer as questões e problemáticas envolvidas no nosso meio ambiente, como fundamento principal a proposta de interpretação de pequenos textos e o estímulo à reflexão dos alunos”, explica.
O aluno Vinícius Gabriel, do 6° ano, conta que, junto com os colegas, vem aprendendo sobre outras formas de escrever, agora com outra visão de leitura. Ele conta que o que mais gostou foi de escrever poemas, e mostra orgulhoso alguns de seus versos que passou a desenvolver depois de ter participado das oficinas. “Mudei meu modo de leitura e de escrita, estou lendo mais em casa e escrevi vários poemas, agora sei rimar as palavras. Os professores falaram que estou sendo muito criativo”, comenta Vinícius.
A diretora da escola, Lucrécia Márcia, acrescenta que todo esse trabalho está sendo algo muito positivo, principalmente em função do retorno às aulas presenciais, pois os alunos estão muito engajados e trabalhando bem todas as temáticas.
“A disciplina de ciências, por exemplo, além de trabalhar as questões ambientais está também voltada para a didática dos cuidados com a higienização e prevenção ao coronavírus. Tudo isso dentro da proposta estabelecida, que é estimular cada vez mais a leitura das crianças, a interpretação e a criatividade”, garante Lucrécia.
Pedro Caldas / Ascom Semed