CUIDADO COM GOLPES – Governo promete pagar R$ 200 para trabalhadores sem carteira, mas cadastro ainda não foi liberado

Após anúncio da proposta do auxílio, notícias falsas de cadastro começaram a circular nas redes sociais; o Ministério da Economia alerta que a medida ainda não está em vigor

Foto da Internet

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou um benefício de até R$ 200 durante três meses para trabalhadores de baixa renda que sejam informais, autônomos e desempregados – ou seja, sem carteira assinada – e que não recebam outro benefício.

A partir dessa informação, começou a circular um link nas redes sociais noticiando que o cadastro foi aberto, mas, ao clicar, o usuário é direcionado para outro site. O Ministério da Economia alerta que o projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso e que não está sendo realizado nenhum tipo de cadastramento para recebimento de auxílio cidadão.

O benefício deverá ser criado por meio de Medida Provisória ou Projeto de Lei a ser encaminhado ao Congresso e, só depois de aprovado, começará a valer.

Está previsto um gasto de R$ 5 bilhões por mês que auxiliarão entre 15 a 20 milhões de pessoas, segundo o ministro. O objetivo é minimizar os prejuízos no país causados pela pandemia do novo coronavírus. “A preocupação do presidente é com o mercado informal. São 38 milhões de brasileiros. Chamamos de autônomos e vamos atender a esse grupo”, disse Paulo Guedes.

Por enquanto, esse projeto não foi divulgado, mas o governo adiantou alguns pontos que poderão estar no texto oficial. Veja um resumo do que foi anunciado pelo Ministério da Economia até agora:

Trabalhadores questionam valor do benefício

A proposta do auxílio de R$ 200 anunciada pelo governo, para beneficiar autônomos que não conseguirem renda durante a crise de coronavírus, não agradou parte dos próprios trabalhadores informais. Para eles, a quantia é “melhor do que nada”, mas poderia ser maior.

A diarista Marinalva Souza acha que o cálculo apresentado por Guedes não condiz com a realidade. “Pagar R$ 200 para quem trabalha por conta [própria] é muito pouco, é menos do que a minha diária. Sei que tem gente que depende desse dinheiro, mas no mês? No mês não dá para nada. Ele não entende isso?”, indaga a diarista.

O cabeleireiro Rodrigo Teixeira também é um dos que questionam a quantia. “Essa ajuda é bem complicada, né? Com isso no mês, o que dá para pagar? Tem gastos de água, luz, aluguel… Se colocar na ponta da caneta, não paga nenhum, é um valor simbólico, chega a ser piada”, declara.

Embora alguns trabalhadores não tenham visto muitas vantagens no valor oferecido, muitos deles poderão aderir ao benefício pelo fato de estarem sem oportunidade de trabalho, ou com seu negócio paralisado.

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