Crianças se divertem e aprendem em colheita de horta no Benedito Bentes
Recepção de volta às aulas do CMEI José Madltton Vitor da Silva contou com colheita em horta, lanches sustentáveis e presença do secretário Elder Maia
Os estudantes do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), José Madltton Vitor da Silva, no Benedito Bentes, tiveram uma recepção divertida e sustentável nesta sexta-feira (10), com a colheita das batatas da horta da escola. Os pequenos tiveram a oportunidade de colocar a mão na terra e reencontrarem seus colegas de turma, com o retorno às aulas previsto para a segunda-feira (13).
Para o secretário de Educação, Elder Maia, que prestigiou o momento, a recepção foi importante para a comunidade. “Foi um momento extraordinário para todos, que enfrentam no cotidiano tantos desafios e demandas. Além de tudo, foi importantíssimo para o aprendizado dessas crianças, que estão em uma fase importante da vida, colocando a mão na terra, sentindo a natureza, desenvolvendo novas habilidades e competências”, conta.
Na horta da escola, foram colhidas batatas doces e batatas inglesas. A cada novo achado na terra, as crianças vibravam de alegria e corriam para mostrar a seus pais e aos profissionais da educação presentes. Diretora do CMEI, Carmen Lúcia diz que essa foi a colheita mais bonita e farta que ela testemunhou na horta da escola. “Nenhum aprendizado é maior do que essa alegria das crianças, até para nós. Os cuidados com o meio ambiente são parte indissociável do aprendizado da criança”, diz.
Além do momento de descontração e de aprendizado sobre a terra para os pequenos, a experiência com o plantio também ajuda a promover práticas sustentáveis e criar nos estudantes uma rotina alimentar mais saudável. Ao fim da colheita, que foi dividida entre as famílias, foi servido um lanche feito com os alimentos da horta, de batatas até os ovos das aves do galinheiro, compondo tortas e pães saborosos.
O lanche foi preparado pelas merendeiras do CMEI, que incluem a finalista do Concurso de Merendeiras de Maceió, Lidyane Cristina de Oliveira Silva. Ela concorre com seu prato “canjiçã”, a tradicional canjica nordestina adocicada com geleia de maçã, sem adição de açúcar.
Mãe do Luan, do Levy e do Lohan, de 5, 1 e 3 anos, respectivamente, Jacielly Correia diz que seus filhos são apaixonados pela horta da escola, levando a prática até mesmo para casa durante a pandemia. “Eles estudam aqui desde novinhos, sempre em contato com a horta. É algo muito importante, lá em casa eles me ensinaram a plantar, fizemos pés de abacate, pimentão, tudo em nosso quintal”, relata a mãe, orgulhosa.
Ela também participou da oficina promovida pela escola, que ensinou aos familiares a assarem pães caseiros. “Com certeza pretendo arriscar um quando chegar em casa”, revela. Ensinando os pais a rolarem a massa e acertarem o ponto estava Camilla Couto, filha da diretora da escola e estudante de gastronomia.
A diretora da escola diz que, para ela, a comunidade da escola é como uma grande família. “O grupo de trabalho é um grupo muito coeso, pensamos e elaboramos tudo juntos”, avalia. “Minha filha, além de estudante de gastronomia, é também bióloga, então ela sempre vem aqui conversar com os familiares sobre temas importantes da área”.
O secretário Elder Maia diz que são momentos como esses que constroem a educação. “Isso revela que estamos no caminho certo e que as escolas devem voltar, especialmente a Educação Infantil, com toda a segurança, dignidade e inclusão para essas crianças”, pondera.
Luan Oliveira (estagiário) / Ascom Semed