BRASÍLIA – Onyx diz que não considera deixar o governo
Nesta sexta-feira (31), o ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, disse que não considera deixar o governo. Onyx, que tinha férias previstas até 2 de fevereiro, voltou de viagem dos Estados Unidos. Nos últimos dias, a Casa Civil passou por uma série de modificações e esvaziamento de poder, por determinação de Bolsonaro, o que antecipou a volta do ministro para a capital. A situação de Onyx passou a ser considerada instável politicamente.
Na quinta-feira (30), o Presidente Jair Bolsonaro exonerou dois assessores de Onyx na Casa Civil:
Vicente Santini: Já havia sido exonerado do cargo de Secretário-executivo na quarta (29). Bolsonaro não gostou de ele ter usado avião da Força Aérea Brasileira para fazer viagens oficiais. Depois, o presidente revogou a nomeação de Santini, feita no mesmo dia, para o cargo de assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo, também na Casa Civil.
Fernando Moura: era secretário-adjunto da Casa Civil. Assumiu a Secretaria-Executiva no lugar de Santini, mas também foi exonerado pelo presidente.
Além disso, o presidente retirou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da alçada da Casa Civil e passou para o Ministério da Economia, deixando a pasta comandada com Onyx sem uma de suas principais atribuições.
Onyx disse que deve conversar com Bolsonaro nos próximos dias para “entender as razões” que levaram o presidente a tomar as decisões sobre a Casa Civil. O ministro disse que vai chegar a um entendimento com Bolsonaro.
“Eu preciso compreender, preciso conversar com o presidente. Entender as razões, ele também vai ouvir uma série de questões que eu vou esclarecer a ele. Mas a nossa relação é de muita amizade, a nossa relação é de muita confiança entre um e outro, nós somos amigos há mais de 20 anos. Eu tenho certeza de que o entendimento vai prevalecer”, afirmou Onyx.
O ministro, um dos principais apoiadores de Bolsonaro na campanha eleitoral, também foi indagado se poderá trocar de pasta dentro do governo. Ele respondeu que a decisão é do presidente, seu “líder”.