Ação com crianças na favela Mundaú orienta sobre os riscos do trabalho infantil
Foram distribuídas cartilhas lúdicas e panfletos sobre o tema
Cerca de 100 crianças da favela Mundaú, no Vergel do Lago, participaram de uma ação de conscientização e combate ao trabalho infantil. As rodas de conversa são parte da celebração ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado em 12 de junho.
A iniciativa veio de um trabalho de equipe do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Área Lagunar. De acordo com a pedagoga Ana Cristina, muitas mães, que são marisqueiras, contam com a ajuda dos filhos durante o trabalho e a campanha serviu para alertar os responsáveis sobre os direitos das crianças.
“Recebemos crianças a partir dos três anos que vivem em situação insalubre na área lagunar. Esses pequenos, infelizmente, ajudam seus pais a levarem comida para dentro de casa. Nossa ação tem o objetivo de mostrar aos pais que não se pode negar às crianças o direito de sonhar, estudar e se divertir”, afirmou a pedagoga.
Segundo o secretário de Assistência Social, Carlos Jorge, esse tema precisa ser discutido mais vezes para auxiliar e ajudar a futura geração a entender sobre sua função na comunidade.
“As crianças de hoje são o futuro de amanhã e é nosso dever assegurar seus direitos. Apesar de viverem em situação de vulnerabilidade social, a garotada necessita entender sobre seus direitos como cidadãos. A função social da Semas é justamente a de garantir dignidade a quem tanto precisa”, pontuou Carlos.
Crianças e adolescentes da capital encontradas em situação de trabalho infantil são encaminhadas, pela Semas, aos Núcleos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e inseridas em programas sociais do governo federal. As medidas protetivas também incluem diálogo com os pais.
O Centro de Referência de Assistência Social Área Lagunar funciona na Rua Agnelo Barbosa, 527, no bairro do Prado. Para mais informações sobre os serviços e para agendar atendimento, a população pode ligar para o 3312-5945.
Iara Alencar (estagiária)/Ascom Semas