MISTÉRIO!
Delegados não conseguem concluir investigação sobre morte de policiais no interior de Alagoas
A ausência de laudos da Polícia Criminalística e de depoimentos de algumas testemunhas impediu que a delegada Daniella Andrade, titular da 2ª Delegacia Regional de Polícia, em Santana do Ipanema, e o delegado Diego Nunes, do 38º Distrito Policial em São José da Tapera, concluíssem, no prazo de 30 dias, as investigações sobre as mortes do 1º sargento da Polícia Militar José Ailton Ramos de Oliveira, de 53 anos, e do 2º sargento Braulino Santos Santana, de 48 anos. O prazo inicial para a conclusão das apurações terminou na última segunda-feira (9).
Os dois militares foram assassinados na manhã de 10 de novembro. Oliveira morreu no local após ser alvejado, enquanto Braulino chegou a ser socorrido em um helicóptero do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, mas não resistiu.
Envolto em mistério, o caso aponta que os dois sargentos, integrantes do Serviço de Inteligência do 7º Batalhão da PM, foram supostamente assassinados por colegas de farda enquanto realizavam uma investigação em uma área rural, a poucos metros da AL-130, em São José da Tapera. Há indícios de que uma guarnição do mesmo batalhão ao qual as vítimas pertenciam teria disparado contra os militares.
Devido à falta dos laudos periciais e ao não comparecimento de algumas testemunhas, principalmente de outros policiais militares presentes na cena do crime, os delegados solicitaram à direção da Polícia Civil a prorrogação do prazo para a conclusão das investigações. A nova data limite para o encerramento dos trabalhos foi estabelecida para 10 de janeiro.