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INVESTIGAÇÃO!

A Polícia Científica e a Polícia Civil estão unidas, nesta terça-feira (3), para realizar a reprodução simulada da morte da menina Maria Katharina Simões da Costa, de 10 anos, no estábulo da família, em Palmeira dos Índios. A PC busca saber se a criança foi induzida a amarrar a corda e se enforcar. O novo laudo deve explicar o que aconteceu no dia da morte dela.

As versões apresentadas pelo pai e mãe da criança estão sendo confrontadas durante a reprodução simulada. Além disso, um novo fato chegou ao conhecimento da polícia após o irmão da vítima, de cinco anos, ter sido ouvido por uma equipe de conselheiros tutelares e psicólogos.

Pouco antes da morte de Katharina, ela e o irmão estavam brincando em uma residência em construção, quando o menino levou um corte no pé. Por causa disso, segundo ele, o pai teria dado dois tapas na menina e, em seguida, levado o irmão até a Unidade de Pronto de Atendimento (Upa). A criança, por sua vez, teria ficado no imóvel. Ao retornar para casa, os pais encontraram a menina morta.

De acordo com o chefe de operações da Delegacia de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, a reprodução simulada tem o objetivo de simular a cena exatamente como aconteceu, utilizando, inclusive, as cadeiras e a corda usadas pela criança.

“A gente trouxe a cadeira que ela utilizou e também a corda, e vai tentar reproduzir o máximo de fidelidade de como foi no dia. Foi reproduzida a possibilidade de a criança ter amarrado a corda no teto e ter se pendurado. Em algumas posições, é possível que a criança tenha amarrado a corda, em outras não. Nós estamos testando várias posições das cadeiras para não deixar nada em aberto. Em algumas posições, foi possível comprovar que a criança tinha estrutura e altura para amarrar e em outras não”, explicou.

Ele disse que a perícia deve determinar qual a posição mais provável dessa corda ter sido amarrada.

“O confronto do depoimento dos dois (pai e mãe) é importante que seja simulado. Está sendo feito o passo a passo dos dois na reprodução”.

Sobre o depoimento do irmão, Diogo disse que não trouxe nada de novo ao inquérito relacionada à dinâmica do dia da morte, apenas a informação de que a criança foi agredida.

“A criança – o irmão da vítima – não trouxe fatos novos, mas ela relatou que houve uma possível agressão do pai, dois tapas na filha. O pai não falou em nenhuma agressão (em depoimento)”.

No dia da morte, o casal estava casado, porém, após o fato, a mulher entrou com um pedido de medida protetiva e, hoje, estão em processo de divórcio, afirmou Diogo.

Conforme o delegado Rosival Vilar, o resultado da reprodução simulada deve ficar pronto em 30 dias e será anexado ao inquérito policial.

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