Boletim traz novo aumento dos casos de dengue e Saúde intensifica ações
Dados acumulados deste ano até 10 de outubro apontam mais de 2.400 notificações nos casos de dengue
O Boletim Epidemiológico Arboviroses: Dengue, Chikungunya e Zika divulgado na quarta-feira (20) apresenta aumento do número de casos dessas doenças e a confirmação da segunda morte causada pela dengue este ano em Maceió. Para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), intensificou as ações de fiscalização e educação ambiental, com a realização do Mutirão de Coleta de Pneus e de contenção de roedores e escorpiões durante esta semana por toda a cidade.
No sábado (23), serão instalados quatro pontos de coleta de pneus nas praças Multieventos (Pajuçara), da Faculdade (Prado), Padre Cícero (Benedito Bentes) e Osman Loureiro (Clima Bom).
O Boletim refere-se à atualização da 40ª semana epidemiológica. Os dados acumulados do ano, até o dia 10 de outubro, mostram que foram notificados 2.486 casos de dengue, que representam aumento de 208,81% em relação ao mesmo período de 2020, quando houve 805 casos; no mesmo período, foram notificados este ano 78 casos de chikungunya, aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando houve 75 casos. Foram notificados ainda 53 casos de zika, crescimento de 39,47% em relação à semana epidemiológica 40/2020, quando foram notificados 38 casos da doença.
O cenário epidemiológico das arboviroses no período sazonal por distrito/bairro aponta maior índice de infestação no Centro, com 1.041,66 casos por 100mil habitantes; Ponta Grossa, com 542,59 casos/100mil habitantes e Mangabeiras, com 477,16 casos/100mil habitantes.
“No nosso diagrama de controle, tivemos um aumento de casos a partir de junho. O período chuvoso aumenta a oferta de criadouros e eleva a proliferação do mosquito, aumentando também a probabilidade de surtos epidêmicos, e foi isso o que ocorreu. Em função disso, estamos realizando vários mutirões para controle dos reservatórios e para impedirmos o avanço da dengue, zika e chikungunya, todas transmitidas pelo Aedes aegypti”, explica a gerente de Controle de Vetores e Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde, Carmem Samico.
A coordenadora chama a atenção da população para os cuidados com a prevenção, eliminando os locais propícios à disseminação do mosquito dentro de casa e nas áreas externas dos imóveis residenciais e comerciais.
“Qualquer reservatório que possa acumular água de chuva, inclusive aquelas pocinhas que aparecem na rua e nos quintais, às vezes escondidos debaixo do mato que cresceu, são propícios a se tornar um criadouro. Essas situações devem ser corrigidas”, orienta.
Ao verificar o aumento no número de casos, a Gerência de Controle de Vetores e Animais Peçonhentos faz o direcionamento das ações para as localidades onde esse aumento foi verificado.
“Intensificamos o monitoramento diário de casos, com visita domiciliar para identificação de criadouros onde há acúmulo de água com larvas para tratamento, ações em pontos estratégicos, como borracharias e ferros-velhos, entre outros, nessas áreas onde vêm acontecendo mais casos. Por isso, estamos desenvolvendo esses mutirões e fazendo bloqueio nas áreas onde um maior número de pessoas adoeceu”.
Disque Dengue
Os agentes de endemias da Saúde de Maceió fazem trabalho contínuo nas áreas com maiores índices de infecção para garantir a redução na transmissão da dengue no município, além de atender a população pelo Disque Dengue, no número 3312-5495. Por meio deste contato, a população tanto pode denunciar áreas com potencial para proliferação do mosquito quanto receber orientações para corrigir situações que favoreçam a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Ascom SMS