Vigilância em Zoonoses promove capacitação sobre esporotricose
Minicurso foi voltado para biólogos, zootecnistas, biomédicos, médicos e técnicos veterinários da unidade
Com o intuito de orientar os profissionais da Unidade de Vigilância em Zoonoses sobre a esporotricose – doença micótica que atinge cães e gatos –, a Gerência de Laboratório e Entomologia promoveu, nesta quarta-feira (15), uma capacitação educativa sobre Coleta e Diagnóstico de Esporotricose. A ação aconteceu na sede da unidade. O minicurso contou com a participação de profissionais da área, como médicos veterinários, técnicos em Veterinária, biomédicos, zootecnistas e biólogos.
De acordo com o biólogo e palestrante do minicurso, Carlos Fernando Rocha, a iniciativa para análise de esporotricose em animais surgiu após o diagnóstico positivo em gatos, animais que, segundo ele, são mais suscetíveis à doença.
“Procuramos priorizar a prática de educação permanente aos profissionais da UVZ. Começamos a fazer a análise em gatos, a título de curiosidade, porque até então não tínhamos diagnosticado a doença em nenhum animal. Mas quando vi que os primeiros gatos que analisei foram positivos, implantamos a iniciativa de realizarmos esse diagnóstico frequentemente aqui na unidade”, afirma o biólogo.
Carlos Fernando ainda explica que, após esse resultado positivo, a gerência decidiu realizar um minicurso educativo para os profissionais. “Quando vimos que alguns gatos testaram positivo para a esporotricose, o nosso primeiro passo foi elaborar uma capacitação para os nossos veterinários e técnicos veterinários, a fim de que eles conhecessem mais sobre a doença, tratamento e prevenção, para realizar um melhor acompanhamento dos animais suspeitos que dão entrada na UVZ”, comenta.
A doença
A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que se aproveita principalmente de feridas abertas e de corpos estranhos penetrantes, como espinhos, para entrar no organismo. Depois da contaminação, a esporotricose causa lesões que vão progressivamente atingindo a epiderme, a derme, os músculos e até os ossos dos bichanos, sendo mais branda em cães e seres humanos.
O que fazer
Ao encontrar feridas em gatos, a população de Maceió pode se dirigir à sede Unidade de Vigilância em Zoonoses, localizada no Loteamento Palmares, quadra 03, s/n, Cidade Universitária, e levar o animal para realizar uma consulta com o veterinário. O profissional, ao suspeitar da doença, deve fazer uma triagem e prosseguir com as coletas e exames específicos para realizar o diagnóstico da doença.
Marília Ferreira / Ascom SMS